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Produção de resíduo cresce 11% na última década no país

Coleta de lixo e projetos para repensar o descarte também avançam e trazem alívio

A questão ambiental está em voga no mundo inteiro. Isso se dá uma vez que já se provou que, para um futuro saudável do mundo, é necessário adotar mudanças. Essas transformações se dão por meio de  estratégias, como por exemplo para conter o aquecimento global, transformar relações de consumo e ter um olhar mais cuidadoso para a geração de lixo, bem como a forma de lidar com os resíduos produzidos. 

Passados quase 11 anos da promulgação da lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em agosto de 2010, o Brasil avançou pouco nas ações previstas. Na última década, o país viu a produção de resíduos sólidos urbanos crescer 11%. Esse número assusta, uma vez que já era nosso o posto de maior produtor de lixo da América Latina. 

Para se ter uma ideia, em 2010 o Brasil produzia uma média de 71,2 milhões de toneladas de resíduos por ano. Agora são mais de 79 milhões de toneladas – levando em conta o último levantamento realizado em 2019. Vindo em uma infeliz crescente, o número atual pode ser ainda maior. Em termos individuais, cada pessoa produz hoje cerca de 380 quilos de lixo ao ano. Esse número assustador é quase 2% maior do que no ano anterior. 

Coleta também cresce

Se, por um lado, a produção cresce vertiginosamente, é importante ressaltar um incremento notório também da coleta, que passou de 89% para 92% em todo o país. Ou seja, boa parte do lixo produzido no Brasil tem destinação correta. É também significativo notar que o crescimento da coleta foi percentualmente maior do que o da produção, informação essa que se faz satisfatória em termos ambientais. 

O que ainda preocupa especialistas, no entanto, são os 8%, ou 6,3 milhões de toneladas de lixo que ainda são rejeitados de forma incorreta no meio ambiente anualmente. Estes dados são da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e os números mais recentes fazem parte do Panorama dos Resíduos Sólidos 2018/2019. 

Para conter esse descarte incorreto, apesar de uma coleta crescente, ainda é necessário melhorar. Sendo assim, a reciclagem deve ser uma opção mais viável ao país e aos cidadãos, que ainda não adotam essa postura em sua totalidade. O que se nota é que muitos materiais descartados têm ainda um valor econômico e, também por isso, devem passar por processo de recuperação.

Ações e empresas que repensam o caminho do lixo 

Indo em direção a esse gargalo, empresas e ações que repensam a forma de transformação e descarte de rejeitos aparecem como uma solução viável para o momento do Brasil e do mundo. São os casos do Drive Thru Ambiental, movimento de conscientização amazonense que sensibiliza a sociedade para o descarte de lixo, e da empresa social Descarte Correto, que repensa o caminho para o  despejo de lixo eletrônico, além de capacitar as populações em locais remotos. 

Apoiadas pelo Somos Todos Amazonas, ambas as iniciativas surgem como uma solução viável para o problema do descarte. De um lado, a empresa social Descarte Correto nasceu para atenuar justamente o descarte do lixo eletrônico. O grande propósito do negócio é transformar  este tipo de lixo em vantagens econômicas e socioambientais. Estes benefícios econômicos passam pela transformação da economia linear, a qual já estamos habituados, para uma economia circular.

Do outro lado, o Drive Thru surge como um conceito e atinge contornos de movimento ambiental. ​​O projeto visa mostrar o impacto do descarte feito de maneira incorreta. Seja de ordem financeira ou até de melhora de qualidade de vida, por exemplo para famílias que necessitam dessas matérias-primas para sobreviver. 

Os dois projetos, junto de uma infinidade de iniciativas que surgem com esse viés, evidenciam que repensar o resíduo vai muito além da questão ambiental. É também uma frente econômica e social, que faz a economia girar em outros patamares. Apenas assim é possível se falar de um mundo verdadeiramente sustentável.